Lifting
Como em toda a cirurgia estética a indicação de tratamento deve partir da vontade do próprio paciente, isto é, o tratamento das deformidades estéticas só deve ser feito por auto-indicação. O papel do cirurgião plástico é estabelecer se os anseios do paciente são reais, que tipo de tratamento é mais indicado para cada caso e mostrar que este é um tratamento médico, com todas as suas características (limitações, riscos).
Uma avaliação clínica e laboratorial pré-operatória é fundamental para estabelecer se o paciente está em boas condições para submeter-se a um procedimento anestésico e cirúrgico.
Existem tratamentos com procedimentos menos invasivos, como as inclusões de substâncias nas marcas da pele; a paralisação temporária e seletiva de grupos musculares utilizando-se a toxina botulínica; os "peelings" com ácidos ou com laser.
O tratamento cirúrgico inclui o chamado "Lifting" cérvico-facial ("levantamento" da pele, tecidos subcutâneos e dos músculos da face e do pescoço); o reposicionamento da sobrancelha e dos músculos da região frontal e da "maçã" do rosto através da cirurgia videoendoscópica; a blefaroplastia (cirurgia das pálpebras); a lipoaspiração da região do sub-mento (debaixo do queixo); o aumento de volume e reposicionamento dos lábios; a utilização de enxertos ósseos ou inclusões de substitutos ósseos nas áreas onde o esqueleto apresenta sinais de absorção; a rinoplastia (correção do nariz), entre outros.
A anestesia pode ser local, local com um anestesista propiciando uma sedação, ou geral. A escolha do método de anestesia, sempre em comum acordo com o anestesista, levará em consideração o tamanho da cirurgia, as condições clínicas e psicológicas do paciente. Apesar de poder ser realizada em caráter ambulatorial (alta hospitalar logo após a recuperação da anestesia) é mais seguro e cômodo para o paciente permanecer a primeira noite no hospital (24 horas de internação).
Os cuidados pós-operatórios também variarão segundo a magnitude dos procedimentos efetuados. Sempre haverá um inchaço, maior nos primeiros 2 dias, que gradativamente vai diminuindo. Em geral 10-15 dias é o tempo suficiente para o paciente retornar às suas atividades sociais e laborais. É importante ressaltar que as alterações de cicatrização e acomodação dos tecidos em seu novo local seguem por mais algum tempo. Pelo menos três meses são necessários para se observar o resultado final do tratamento.